Índice ABCR recua em 15% em Maio devido a greve dos caminhoneiros
O índice ABCR referente a atividade de Maio de 2018 obteve uma redução de 15,0% comparado com o mesmo mês anterior, conforme foi disponibilizado pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), juntamente a Tendências Consultoria Integrada.
Thiago Xavier, analista da Tendências consultoria diz: “O índice de fluxo total apresentou a maior contração na passagem de mês em toda a série histórica, iniciada em janeiro de 1999, ao considerarmos a série livre dos efeitos sazonais”
Em comparação com dados mensais dessazonalizados, o indicie de fluxo pedagiado de veículos leves, obteve uma redução de 11,4%, já o de pesados a redução foi ainda maior com 27,7% em relação ao mês de Abril. “Ao examinarmos o desempenho do fluxo de pedágios segundo veículos leves e pesados, nota-se que o impacto foi diferenciado entre os indicadores”, comenta Xavier. “Enquanto o índice de pesados foi afetado mais diretamente e em maior magnitude devido à paralisação generalizada dos caminhoneiros nas principais rodovias do país; o índice de leves foi afetado indiretamente e com menor impacto, visto que a escassez de combustíveis e a obstrução de algumas vias limitaram parcialmente as possibilidades de circulação dos veículos de passeio, sobretudo, nos dias centrais da greve”, cita Xavier.
Em contrapartida, como o total de veículos que trafega nas rodovias está relacionada ao número de dias úteis do mês, a maior quantidade em maio deste ano em relação ao ano passado contribuiu para suavizar a queda do fluxo total de veículos. Isso ocorre porque a perda de aproximadamente nove dias de atividade foi relativizada entre os outros dias do mês, o que deixa a subutilização ocorrida nos dias de paralisação em maio de 2018 relativamente menores.
“De toda forma, os últimos resultados contrariam a trajetória de recuperação do índice observada desde fins de 2016, quando emitiram sinais predominantes de gradual crescimento”, diz Xavier. “Porém, o impacto negativo trazido ao mês deve ser parcialmente recuperado ao longo dos próximos meses, mesmo que alguma parte das perdas não seja revertida”, finaliza.